terça-feira, 14 de abril de 2009

Imagine your whole self is filled with light

Tem mesmo que ser?
Eu que nem gostei muito do álbum.
Sai-se sempre desiludido quando se carrega expectativas imensas.
É díficil adaptarmos aquilo que esperamos das coisas à crua realidade.
Dentro de nós, uma amálgama de memórias e experiências marcadas, se torce e contorce até criar uma forma nova e única. Essa forma é o nosso filtro. Nosso e de mais ninguém. Se quisessemos explicar, não conseguiríamos fazer-nos entender. Só nós sabemos. Através desse filtro interagimos com o mundo em volta, reagindo e tomando decisões, alicerçando-nos, talvez inconscientemente, nas nossas experiências passadas. (Ficam registadas na carne e a carne arranja sempre forma de as chamar quando é o caso de algo semelhante se repetir.)
Quem se não nós sabe do momento em que ouvimos pela primeira o álbum 'Rid Of Me'? Quem se não nós saberá as circunstâncias em que nos encontrávamos ou o que fizemos a seguir. Quem se não nós compreenderá os sonhos que acalentavamos nessa altura, e a forma como esse ou outros álbuns, ou outras coisas sem ser álbuns, marcaram a nossa vida.

P. J. Harvey é amor e desculpa-se tudo quando há amor. Quase como se essa pessoa, por força divina, estivesse acima da nossa capacidade crítica, acima do nosso julgamento, acima da nossa escala de valores, acima de tudo. Como se dela nada fosse exigido por fé inabalável nas coisas que faz.
Ok, não é genial. Mas é melhor que dois dos anteriores ("Stories from the city, stories from the sea" e "Uh huh her"). E isso é bom sinal.



De resto, a performance vocal que o álbum oferece faz tremer os joelhos perante a ideia de a ver em palco.

Um comentário:

  1. are you in the mood to meet pj harvey? : >
    we're almost there. era difícil superar o white chalk. acho que nunca o vai superar. cof.

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