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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Miranda July's tips.

«If you are sad, ask yourself why you are sad. Then pick up the phone and call someone and tell him or her the answer to the question. If you don't know anyone, call the operator and tell him or her. Most people don't know that the operator has to listen, it is a law. Also, the postman is not allowed to go inside your house, but you can talk to him on public property for up to four minutes or until he wants to go, whichever comes first.
(...)
Are you angry? Punch a pillow. Was it satisfying? Not hardly. These days people are too angry for punching. What you might try is stabbing. Take and old pillow and lay it on the front lawn. Stab it with a pointy knife. Again and again and again. Stab hard enough for the point of the knife to go into the ground. Stab until the pillow is gone and you are just stabbing the earth again and again, as if you want to kill it for continuing to spin, as if you are getting revenge for having to live on this planet day after day, alone.»

shared patio, no one belongs here more than you.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

monólogos dialogados a sós.

Querido nada,

Eu queria conhecer-te porque tenho o vazio no lugar dos móveis e os móveis no lugar do silêncio. Eu queria conhecer-te porque tenho o silêncio no lugar dos olhos e os olhos calados no lugar do vazio. Eu queria conhecer-te e honrar a palavra ao invés do medo, dizer antes que o depois feito tarde. Queria agora e tanto mais que o agora não chega a horas de revirar os ponteiros na travessa do esqueleto. Mas eu não vou dizer nada acerca do tudo que nunca se adianta, vou ficar intercalada entre o pêndulo da tua mão e o hemisfério das tuas pernas. És tão bonita, direi, no entanto, querido amor porvir, esquecer-me-ás como quem se desculpa da cadeira com o guardanapo no recanto da boca. Dirás, és tão bonita, no entanto, querido amor porvir, esquecer-te-ei como quem se ausenta da mesa com o prato cheio na serrilha da faca. Eu queria conhecer-te porque tenho o vazio dos dias contados por cada noite em que me abandono de solidão. Eu queria reconhecer-te e desconhecer-me no reflexo das tuas palavras ocas de eco. Eu queria tudo, mas o barqueiro cobra dois tostões, um por cada pálpebra cerrada no poço dos meus olhos. Dois tostões pela riqueza do meu vazio. Puta que o pariu. E puta da sorte que me cobriu.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

quiet








This september i'll be 26 years old and El's the only one besides my dad who's ever said i love you Creedence.



Advance Base Battery Life

Oh dear holly, you are just a hobby holly. Casiotone for the painfully alone faz-me querer engolir o mundo em tabletes de 16 megabits de ram. Owen lança em março uma colectânea de versões ramificadas entre rodízios de néon e domingos passados a jogar lemmings em spectrums e ataris. A reminiscência de um sem-fim de dias abandonados no leite coalhado de cereais. A córnea da solidão aberta à faixa etária de quem não sabe o que fazer à vida e aos seus subúrbios binários. Ashworth é este ursinho de pelúcia com barba e barriguinha, one man show. A puberdade tardia da vida-adulta-por-acontecer, uma brincadeira de criança com os seus casios e baterias de faz-de-conta. Casiotone for the painfully alone. O pátio aberto para o recreio, a tapeçaria dos animais encolhida às riscas, as cabeças ziguezagueando à velocidade do nada. E o mundo é este cronómetro de luz por acontecer na ginástica acrobática de anseios e esperas. Pressas e expectativas. Ashworth you are not alone. Além do mais, para quem tem uma Jenny Herbinson... Partilho a Lesley Gore On The T.A.M.I. Show, precisamente pela voz da Jenny. Tão mais doce que a versão do álbum Pocket Symphonies for Lonesome Subway Cars. Sorry dude (sempre quis dizer isto).

acabei de comer 2 kit kats, o Tom Hanks de mão dada com o António Banderas. e o cover Streets Of Philadelphia.



a palavra da semana bem podia ser outra. falta de melhor sorte. VAZIO.