domingo, 22 de março de 2009

friendship never ends.

Até parece mal não postar nada quando a palavra-chave é amigos. A Ritinha palito push up fez anos ontem, ou então era a Susana. Uma delas fazia anos no equinócio. Até parece mal ninguém falar de quando toda a miúda se pelava com o Mark Owen e nós olhavámos de soslaio o Jason Orange. E agora na verdade a malta gosta é de laranjinhas, and when i say laranjas, i mean gomos suculentos de laranja, cascados devagarinho com a pele branca desfraldada. Now that's sound pervert. In a good way. E aquele cd verdão, o single dos Garbage, I think i'm paranoid, foi a nossa primeira banda. Seguidamente às tardes dos baloiços e dos pinheiros, onde eu namorava o BLEEP e tu namoravas o BLEEP e, no entanto, todas nós gostávamos do Leonardo, ahhhhhhh a tragédia! os Roxette, listen to your heart e aqueles calipos baratões que sabiam a cola e a menta. Depois descobrimos o Dry da Pj Harvey oferendado pela minha irmã. Romântico. E vimos o The Hours juntas e passámos essa noite em Monte Gordo a tripar com um número de telefone que estava num sinal de trânsito, ainda lá está. E depois as limusinas e o Dante e as raquetes e os insufláveis e a relva e os mergulhos na areia e os pasteis de nata e as tartes de amêndoa. Croissants da flash! E vamos fazer um quarto de século. E é assustador. E tenho pensado muito acerca da minha retinente perversão social, que significa, inabilidade de me projectar noutros parâmetros de carne e osso que me assimilem palavras de conforto q.b. E depois, às vezes, penso, vou terminar com 77 anos e casa atolada de animais de pelúcia que miam ou ladram ou chilram ou nadam. E depois vou pensar em ti, prostrada na mata por trás do estádio ou a ser levada por um carro enquanto o retrovisor fende no meu rabo, way to go! E vou pensar, não importa, não importa mesmo, definitivamente. As coisas só importam em demasia no preciso momento em que acontecem. Podemos rir. E daqui por outro quarto de século, o que agora nos parece hediondo e avassalador é só uma gargalhada abafada porvir, um burburinho do quão ridículas somos. Mas lá chegaremos. Lá chegaremos. Eu tu. E os meus animais urbanos de pelúcia. Entre outros amigos que fielmente se mantém apesar dos apesares karmicos. *drama button*


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