segunda-feira, 6 de abril de 2009

97% (estou entusiasmadíssima) 98% 99% 100% de St. Vincent

Conheci a Annie pelas mãos do amor, cartas póstumas de 2054, um verde coleante soçobrado de promessas e desfechos. St. Vincent é para mim um reencontro. É voltar a sacudir o pó àquela cinza que ainda se enfia ferrada nos poros de alguma ou outra esperança. É minar os edifícios da carne que se constroem lascados de memórias entre tijoleiras de sangue. É um medo que se estica pela medula. É o confronto que se eriça desfalcado de pele. Depois, é um voltar a olhar-me de frente para o espelho, raspar a minha identidade, amarrar-me às paredes sem o resguarde daquelas noites apocalípticas. E resfriar, resfriar por de trás da abóbada decrescente das estrelas e do árctico do vazio que ficou. Ouvir St. Vincent é quase como oscilar entre a perda e o ganho de uma vida que ainda se ressente. St. Vincent ainda por desfrutar, St. Vincent a derradeira catarse. St. Vincent o recomeço do princípio.


A palavra da semana é. catarse.

(que a Annie é tão. mesmo. bonita)

post it: deixei-te a pj harvey pra semana. não quis assumir a responsabilidade.

2 comentários:

  1. é a capa do álbum. aham.
    http://www.youtube.com/watch?v=5vIbiw_snd4
    guitar hero meets beauty.

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