esta semana vi, pela terceira vez, um concerto de carla bozulich.
acabei exausta de me conter, as pernas dormentes, uma vontade terrível de dizer todas as asneiras e/ou afundar-me nas nuvens ilusórias de um efeito narcótico.
a primeira vez que assisti a um concerto dela descontrolei-me de tal forma que quando ela se aproximou de nós, depois do concerto, mandei-a
fuck you!!!
ir dar uma volta e desatei a chorar. quando cheguei lá fora, tive de me sentar por não me conseguir aguentar nas pernas.
what is wrong with her...?
de todas as vezes, um nó na garganta. qualquer coisa que se desvenda e vai fundo, como uma âncora a ser lançada no vazio. o vazio sou eu e aquela âncora parece saber mais dos meus caminhos interiores do que eu.
when there's no hope, when there's no hope left
there's only one word
a palavra-catarse é representada. no palco, há rugidos, rasganço, queda e eu, ali em frente, sinto-me como se me estivessem a encher de dor, à minha revelia. é de lutar contra isso que me há-de doer o corpo todo no fim.
can you say it with me
mas quando aquele sino se ouve... quando aquele sino se ouve como que a preconizar uma condenação, esse é o momento de baixar os braços, de desistir, ela vem aí, o momento mais intenso ainda não foi, ainda é aquele. como se fosse possível.
desta vez, quando ela veio, eu estava à espera que viesse. desta vez, quando ela veio agarrámo-la. gerou-se uma corrente de electricidade, uma onda de calor percorreu os corpos unidos num abraço, tudo em nós tremia, tudo em nós suava,
no fim, senti-me como se tivesse sido brutalmente espancada.
can you say it with me
há qualquer coisa de muito especial nesta mulher. e eu acho que é a garra do sobrevivente. a garra e a raiva.
the word is love.
acabei exausta de me conter, as pernas dormentes, uma vontade terrível de dizer todas as asneiras e/ou afundar-me nas nuvens ilusórias de um efeito narcótico.
a primeira vez que assisti a um concerto dela descontrolei-me de tal forma que quando ela se aproximou de nós, depois do concerto, mandei-a
fuck you!!!
ir dar uma volta e desatei a chorar. quando cheguei lá fora, tive de me sentar por não me conseguir aguentar nas pernas.
what is wrong with her...?
de todas as vezes, um nó na garganta. qualquer coisa que se desvenda e vai fundo, como uma âncora a ser lançada no vazio. o vazio sou eu e aquela âncora parece saber mais dos meus caminhos interiores do que eu.
when there's no hope, when there's no hope left
there's only one word
a palavra-catarse é representada. no palco, há rugidos, rasganço, queda e eu, ali em frente, sinto-me como se me estivessem a encher de dor, à minha revelia. é de lutar contra isso que me há-de doer o corpo todo no fim.
can you say it with me
mas quando aquele sino se ouve... quando aquele sino se ouve como que a preconizar uma condenação, esse é o momento de baixar os braços, de desistir, ela vem aí, o momento mais intenso ainda não foi, ainda é aquele. como se fosse possível.
desta vez, quando ela veio, eu estava à espera que viesse. desta vez, quando ela veio agarrámo-la. gerou-se uma corrente de electricidade, uma onda de calor percorreu os corpos unidos num abraço, tudo em nós tremia, tudo em nós suava,
no fim, senti-me como se tivesse sido brutalmente espancada.
can you say it with me
há qualquer coisa de muito especial nesta mulher. e eu acho que é a garra do sobrevivente. a garra e a raiva.
the word is love.
Nenhum comentário:
Postar um comentário